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quinta-feira, 28 de junho de 2007

Descoberto o laboratório fotográfico mais antigo do mundo

O Noticiero Histórico Fotográfico de la Sociedad Iberoamericana de Historia de la Fotografía de junho noticiou a descoberta na França do que seria o mais antigo laboratório fotográfico do mundo. Leiam a matéria na íntegra:

Descubren en Francia el laboratorio fotográfico más antiguo del mundo

Se acaba de descubrir cerca de Chalon-sur-Saone en Francia el laboratorio de uno de los primeros fotógrafos del mundo. El laboratorio estaba intacto tal cual lo había dejado su dueño, el daguerrotipista Fortuné Joseph Petiot-Grefier poco antes de su temprana muerte en 1855 probablemente causada por su persistente exposición a los venenosos vapores de mercurio. Este es el laboratorio más antiguo conocido hasta el momento (gracias a los recibos allí encontrados, los químicos han sido fechados en la temprana fecha de 1840-41) Hasta ahora sólo se conservaban de la etapa de los pioneros de la fotografía (Niepce, Daguerre, Talboy o Bayard) algunas cámaras de gran formato y unos pocos accesorios de sus equipos. Gracias a este increíble hallazgo hoy podemos conocer todos los químicos y utensilios de época utilizados en el cuarto oscuro para preparar las placas fotográficas y revelar las imágenes así como también los más de 400 libros consultados por el fotógrafo y las antiguas cámaras de gran formato, placas sin emulsionar y múltiples imágenes tomadas por el mismo Petiot Grefier. El laboratorio, que estaba ubicado en la mansión familiar del daguerrotipista, había permanecido cerrado con llave por más de 152 años por elección de sus descendientes, hasta que hace dos años, el ultimo de sus herederos decidió abrir ese cuarto olvidado por años en el segundo piso de la residencia y se encontró con el fantástico hallazgo. Fue entonces que se contactó con Pierre-Yves Mahé, fundador de la Maison Nicéphore Niépce en Saint-Loup de Varennes. Mahé se dirigió a la antigua casa de Petiot Grefier sin imaginar el sorprendente descubrimiento que le esperaba. "No le dí demasiada importancia al llamado en un principio", admite Mahé que ya se había topado antes con otras promesas de grandes hallazgos que habían resultado finalmente banales. Sin embargo, cuando finalmente la famosa puerta se abrió ante sus ojos, fue como viajar instantáneamente al pasado. "No sabía donde mirar", confía Mahé. "Había cientos de botellas de químicos, muchas de ellas aún llenas, cientos de obras, objetos por todos lados, la mayoría de ellos utilizados para la creación de imágenes en los dos primeros procesos fotográficos: el daguerrotipo y el colodión". Una vez pasado el shock, los responsables de la Maison Nicéphore Niépce realizaron un inventario completo de este tesoro, que aún no ha terminado de revelar todos sus secretos. "Todavía tenemos meses de estudio por delante", estimó Mahé.

Más información: http://www.niepce.com/pages/page-eve.html

sexta-feira, 15 de junho de 2007

Sessão Pipoca: Narradores de Javé










Para aqueles que desejarem aquecer-se para a discussão sobre Memória, deixo aqui a dica do filme brasileiro Narradores de Javé. De forma bem-humorada, mergulhamos no universo dos contadores de historiadores, dos guardiões da memória coletiva e já não conseguimos mais distinguir entre mito e verdade, ficção e realidade (será isso relevante?).

Leiam a sinopse:
"Somente uma ameaça à própria existência pode mudar a rotina dos habitantes do pequeno vilarejo de Javé. É aí que eles se deparam com o anúncio de que a cidade pode desaparecer sob as águas de uma enorme usina hidrelétrica. Em resposta à notícia devastadora, a comunidade adota uma ousada estratégia: decide preparar um documento contando todos os grandes acontecimentos heróicos de sua história, para que Javé possa escapar da destruição. Como a maioria dos moradores são analfabetos, a primeira tarefa é encontrar alguém que possa escrever as histórias."

Vejam o filme e deixem aqui seus comentários. Vou adorar conhecer a opinião de vocês!

Se quiserem saber mais sobre o filme, acesse http://adorocinema.cidadeinternet.com.br/filmes/narradores-de-jave/narradores-de-jave.asp#Sinopse

Querem mais? Podem dar uma olhada no texto de nossa colega da Faced Maria Aparecida Bergamaschi, Narradores de Javé: a memória entre a tradição oral e a escrita no site
http://www.museu.ufrgs.br/admin/artigos/arquivos/NarradoresJave.doc

Isso não é só pipoca, é um banquete completo. Deliciem-se!

S

sábado, 9 de junho de 2007

Visita ao Museu da PUC

Na sexta-feira, sob neblina, fui com os alunos da turma B disciplina de História da Educação na Europa e nas Américas, do curso de Pedagogia da UFRGS, visitar o Museu da PUC. A atividade procura proporcionar aos estudantes o contato com instituições educativas, diferentes da escola. Meu foco foram os museus e o patrimônio e nessa linha venho trabalhando com os alunos esses lugares da educação não formal. O Museu de Ciência e Tecnologia da PUC é um diferencial, nesse aspecto. Um dos maiores museus de C&T da América Latina, tendo sido elogiado por profissionais internacionais renomados nessa área. Quem já o visitou sabe do que estou falando. O que é interdito nos museus tradicionais, como tocar os objetos, ali não só é permitido, como é condição para melhor aproveitar o que o museu oferece. São três andares repletos de experimentos interativos, dioramas, videos, aquário. O conhecimento de diversas ciências está ali contemplado e através da prática os alunos aprendem com prazer e alegria. Visitar o museu é uma diversão. Não é à toa que meu filho Lucca, de 5 anos, adora esse museu e o chama carinhosamente de "o meu museu", por ser, sem dúvida, o seu preferido. Os alunos e as alunas foram visitar o Museu da PUC, assim como visitarão outros museus na próxima semana, com o olhar voltado para a problemática da inclusão social, tema de trabalho do Seminário de Docência. Aguardemos para ver o resultado de suas análises. Mas fiquei também curiosa para saber a opinião de Marina, cinco anos, filha de Cristina, que visitou pela primeira vez o museu. Será que ela gostou?

P... e Princesas

Sensível a abordagem sobre a prostituição no filme Princesas, em cartaz no Guion. A começar pelo título. Princesas são tão sensíveis que não podem viver longe de seus reinos, padecem. Durante o filme, foi inevitável comparar com o brasileiro O Sonho de Suely. A exceção da trilha pontuada por Mano Chao e momentos mais leves, ambos representam de forma nua e crua o tema. Embora esta seja uma das profissões mais antigas, não tive como não pensar nos refugos da humanidade do sociólogo do mundo contemporâneo pós-globalização, Zygmunt Baumann. Refugo é, segundo ele, aquela parte dos seres humanos não incluída de jeito nenhum no sistema, como os refugiados. E as prostitutas, são também elas parte desse refugo? Uma das personagens sai da República Dominicana e continua em Madri seu ofício. Ali, a cidade e as zonas são áreas de conflito e de disputa da clientela. O ódio xenófobo exacerba-se diante de novas e diferenciadas ofertas colocadas no mercado. Há consumidores de todos os tipos. Não precisamos ver o filme para sabermos das diferentes hierarquias entre as horizontais (termo utilizado pela imprensa porto-alegrense, no século XIX, para as profissionais do sexo). É só observar na nossa própria cidade as diferenciações que marcam e territorializam o trottoir. Mesmo que em vários momentos, o ofício da prostituta tenha sido igualado a outro qualquer, como a da cabelereira, ambas teriam princípios profissionais a seguir, o filme deixa uma brecha de escolha, de livre arbítrio às princesas. No fundo, o que Caye deseja é poder ser apanhada pelo amante ao final do trabalho, mais nada. Parece clamar desesperadamente por sua identidade, mutilada pelo seu ofício temporário. Seu eu já desfigurou-se e acredita existir apenas se está no pensamento de alguém. Sente saudade, saudade do futuro, talvez porque ainda teime em ter um fio de esperança. Mais sobre o filme em http://www.princesaslapelicula.com/

segunda-feira, 4 de junho de 2007

O Grão da Imagem de Vera Chaves Barcellos



Visitei hoje a exposição de Vera Chaves Barcellos no Santander Cultural (Praça da Alfândega, ao lado do MARGS - muitas pessoas não sabem onde fica nem o MARGS, nem o Santander, mas esse já é assunto para outra pst).

Gostei muito do que vi, embora isso não queira dizer absolutamente nada. A mostra é uma retrospectiva de 40 anos da artista que se divide entre Barcelona e Viamão, futura sede de sua fundação. A mostra mobilizou-me em duas direções. Por um lado, aprendi muito sobre a artista e sua contribuição nada pequena à arte contemporânea. A curadoria bastante didática, propicia um panorama da obra de Vera Chaves, intercalado com momentos precisos da trajetória artística local, a exemplo do Espaço N.O. Na obra da artista o ponto principal é o questionamento do real, transformado e reconfigurado em múltiplas representações. Como pesquisadora da fotografia histórica, chamou-me a atenção o que Vera faz com aquela que um dia foi pensada (e ainda o é!) como "espelho da realidade". Explica, por exemplo, como transforma uma única fotografia precária tirada de uma imagem de televisão na série "O nadador". A repetição do referente e sua recriação parecem fazer gritar a impossibilidade da realidade ali representada. O vídeo, dirigido por Ana Luiza Azevedo da Casa de Cinema, é um complemento estupendo à mostra. Sem ele, muita coisa se perderia do pensar e fazer artístico de Vera Chaves Barcellos.
Mas não pensem que visitei a mostra apenas com a razão. Deixei-me também embriagar pelas imagens e ser por elas conduzida. Mergulhei nas águas junto com aquele nadador e pude perceber o quanto os nossos pés revelam de nós mesmas. Não à toa lembrei da frase do personagem Haniball Lecter, interpretado por Anthony Hoopkins, para a detetive interpretada por Jodie Foster, em O Silêncio dos Inocentes: seus sapatos revelam sua origem humilde, ou algo nesse sentido. Acompanhei a hecatombe dos manequins de Dusseldorf; despidos acabavam mostrando um pouco da nossa nudez e da nossa artificialidade diante da moda do efêmero das vitrines.

Feliz ou infelizmente, quem trabalha com museu, não visita nenhuma exposição sem observar os mínimos detalhes. Causou-me, assim, alegria ver a presença de duas turmas de escolares sendo conduzidas pelos mediadores. Tampouco passara despercebido o ônibus estacionado na rua Siqueira Campos e que os trouxera, provavelmente, de um bairro distante do centro da cidade. Talvez, graças a projetos como esse mais pessoas saibam onde fica o Margs, o Santander, a Praça da Alfândega e (não estou brincando) o Centro Histórico de Porto Alegre, para muitos ainda chamado de "a cidade".

sexta-feira, 1 de junho de 2007

Pólo Gravataí I: está chegando a hora...



Pessoal de Gravataí
Estou ansiosa para iniciar nossa interdisciplina e vivenciar com vocês a experiência da educação à distância. Muitos desafios, certamente, teremos à frente. Meu blog pode ser um primeiro contato para irmos nos aproximando por meio do cyberespaço. Através dele, vocês podem conhecer um pouco os assuntos que me movem no mundo e na vida. Espero que vocês gostem ou se interessem por alguns deles também. Aguardo os comentários de vocês, enquanto aguardamos nosso primeiro encontro presencial, no dia 19 de junho. Gostaram da imagem? É de autoria do arteiro-artista de cinco anos que tenho lá em casa, Lucca.