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quinta-feira, 24 de maio de 2007

Fotografia

A fotografia vem sendo cada vez mais investigada por pesquisadores brasileiros. E são vários os núcleos de pesquisa presentes em diversas universidades espalhadas por todos os cantos do país que têm privilegiado as imagens fotográficas. Também são diversas as áreas de conhecimento que se debruçam sobre a fotografia, como a História, ou a utilizam como estratégia metodológica de abordagem, como é o caso da Antropologia Visual. Indico aqui a leitura da Revista Eletrônica Studium 26 coordenada pelo antropólogo e fotógrafo Fernando de Tacca, professor da UNICAMP. Nas suas palavras "Com mais esta edição de trabalhos apresentados no Núcleo de Pesquisa Fotografia: Comunicação e Cultura, da INTERCOM, esperamos trazer ao público a maturidade dos estudos fotográficos desse grupo de pesquisadores, fotógrafos e amantes da fotografia." Além de vários artigos e ensaios fotográficos interessantes, a última edição traz um ensaio fotográfico de um dos maiores mestres da investigação em fotografia no Brasil: Boris Kossoy. Imperdível! www.studium.iar.unicamp.br

quarta-feira, 23 de maio de 2007

Jardim da Cura recebe Prêmio Açorianos

Quem já não andou pelo Campus Central da Ufrgs e notou um jardim em frente ao Bar da Faced? Pois aquele diminuto jardim é obra da artista Tânia Resmini e recebeu o Prêmio Açorianos de Artes Plásticas, promovido pela Secretaria Municipal da Cultura de Porto Alegre, na categoria Destaque Cerâmica. Como informa o site da Ufrgs, "o “Jardim da Cura” é um espaço temático que foi criado como proposta à investigação do design de jardins voltados à recuperação e manutenção da saúde e bem estar" e era uma das várias instalações naturais que compunham a exposição "Homem Natureza" em exibição no Museu Universitário por vários meses. Várias vezes desfrutei do bem-estar de passear por ali. Para quem ainda não experimentou, eu recomendo, é terapêutico.

sexta-feira, 18 de maio de 2007

Brasil, eterno quilombo

Assisti ao documentário Brasil, eterno quilombo na programação do II Seminário local do Projeto Conexões de Saberes, coordenado pela minha querida colega da FACED Cida Bergamaschi. Após a exibição, seguiu-se um debate com o diretor Julio Ferreira. O título já diz quase tudo. O diretor mescla dois tipos de depoimentos de negros. Aqueles que alcançaram a formação em nível superior (advogados, médica, jornalista, educadores). Nesse grupo, nenhum cantor, cantora ou jogador de futebol. Todos os entrevistados, sem exceção, mostram as dificuldades que tiveram para estudar. Vários comentam as situações de racismo velado ao qual foram submetidos para poder cursar uma escola ou faculdade. No segundo grupo, negros sem formação, a maioria desempregados e desempregadas. Esse último grupo, conforme contou o diretor, é apenas uma pequena amostra de cerca de oitenta depoimentos coletados nas ruas do centro de Porto Alegre. Mas Julio não quis parar por aí. Temperou o quadro já trágico com as estatíticas que não deixam mentir sobre a situação do negro no Brasil. O resultado é um incômodo e triste quadro social e cultural. A platéia presente na Sala Redenção aceitou o desafio de debater o racismo, tema que se constitui em verdadeiro "estorvo". Foi muito interessante ver alguns presentes assumirem suas práticas racistas, forjadas até mesmo de modo insconsciente por nossa hipócrita sociedade. Outros apenas se remexiam nas cadeiras. Ninguém passou incólume! O vídeo, cuja origem foi a TV experimental da Unisinos, já ganhou 12 prêmios. Mas até na hora de ganhar um prêmio Julio conta que foi alvo de racismo. Ouviu sem querer "Como fomos perder para um...". Temos ainda muito que aprender. O documentário pode ser uma janela escancarada para motivar o debate desse tema espinhoso e pode ser acessado para reprodução e utilização em sala de aula para os educadores que o desejarem.

quarta-feira, 16 de maio de 2007

Encontros de História da Educação

Estamos iniciando na Faculdade de Educação/UFRGS os Encontros de História da Educação. A idéia é que seja um evento sistemático, trazendo convidados para abordar diferentes temáticas na área citada. No evento de estréia o tema será Positivismo e Educação no Rio Grande do Sul. As palestrantes convidadas são as historiadoras Elisabete da Costa Leal e Cleusa Graebin. Elisabete Leal defendeu sua tese de doutorado sobre arte positivista pela UFRJ, sobre a qual recebeu prêmio da Maison de Auguste Comte; ela também foi uma das organizadoras do acervo da Capela Positivista de Porto Alegre. Cleusa tem dissertação sobre Positivismo e Educação, além de ser professora do Curso de História do Unilasalle. O evento será no dia 28 de maio, às 19h, sala 101, prédio da FACED, Campus Central da UFRGS.

domingo, 13 de maio de 2007

Museu Virtual das Américas

Nunca gostei muito da idéia de museus virtuais, mas um exemplo mostra que a virtualidade dos museus, em alguns casos, pode ter lá suas vantagens. Uma delas é a permanência de exposições por muitos anos, sem ocupar nenhum espaço, a não ser a web. Tenho um exemplo. Há cerca de sete anos, quando ainda dirigia o Museu de Porto Alegre Joaquim José Felizardo, participei da montagem de uma exposição virtual sobre as festividades das Américas. A exposição foi patrocinada e organizada pela Rede Canadense de Informação sobre o Patrimônio, envolvendo vários países das Américas: Costa Rica, Estados Unidos, Canadá, méxico e Brasil. O carnaval de New Orleans, o Dia de Mortos no México, a Terça Feira Gorda da Louisiana, o carnaval do Quebec foram algumas das temáticas locais abordadas, nessa miríade de festas dos povos americanos. O Brasil foi representado pelo Carnaval de Porto Alegre. Depois de todos esses anos, a exposição ainda pode ser visitada pela internet. Qual museu arriscaria ter uma exposição por tão longo tempo? Vale a pena dar uma olhada!O site é http://www.virtualmuseum.ca/Exhibitions/Festiva1/

sábado, 12 de maio de 2007

Até Gilberto Freire apreciou os doces de Pelotas

Tive o prazer de visitar a cidade de Pelotas essa semana para participar do II Seminário sobre História do Rio Grande do Sul, promovido pelo Departamento de História da Universidade Federal de Pelotas. Foi uma grata surpresa assisitir, enquanto aguardava o momento de minha palestra, ao Professor Luis Osório sobre sua pesquisa sobre os famosos doces de Pelotas. O pesquisador vasculhou muitas fontes para tentar responder se os doces, hoje tão consagrados na cultura local, teriam sido uma criação recente, uma "tradição inventada", segundo Eric Hobsbawn. Luis Osório encontrou referências bastante recuadas no tempo, como a do visitante francês Saint Hilaire que andou pela região nos idos de 1820, antes até da fundação da cidade em 1832. Uma das informações mais inusitadas trazidas pelo historiador, foi a de que Gilberto Freire, em visita à cidade, conhecera os doces pelotenses e os comparara em qualidade aos doces da sua terra natal, Pernambuco. Os doces do Nordeste, sobre os quais o sociólogo escrevera, eram fabricados com o açúcar refinado produzido nos engenhos de cana. E com qual açúcar se produzia os doces de Pelotas? Não pense que as pelotenses usavam o açúcar mascavo da região de Santo Antonio da Patrulha, corrigiu Luis Osório observação de Athos Damasceno. Não seria possível com aquele fazer doces tão requintados. O açúcar era trazido do Nordeste. Isso mesmo. O professor encontrou documento que mostra um mesmo navio que chegava à Pelotas carregado de açúcar, voltava àquela região carregado de charque, destinado à alimentação da escravaria das lavouras e dos engenhos.
Delícia de pesquisa, não? Mais surpreendente ainda foi saber que o pesquisador desenvolve consultoria junto ao Programa Monumenta da cidade, privilegiando além do patrimônio arquitetônico, aspecto tão significativo da cultura local ou, se quiserem, do patrimônio imaterial. Parabéns ao Professor e ao Monumenta de Pelotas!

Mais um Boletim do ILAM

Já pode ser acessado o Boletim Bimestral do Instituto Latinoamericano de Museologia. O site é www.ilam.org/boletin/Para receber NOTICIAS@ILAM: www.ilam.org/individual.html.

Leituras de História Cultural

O GT de História Cultural da Associação Nacional de História-Setorial RS está promovendo mais um de seus eventos: Leituras de História Cultural

"A HERANÇA IMATERIAL", DE GIOVANI LEVI: MICRO-HISTÓRIA, MEMÓRIA SOCIAL E O CASO DO “SEMINÁRIO DA PRAINHA”, EM FORTALEZA
A História Cultural tem focalizado um vasto leque de temáticas – literatura, cidade, loucura, memória, religiosidade, cidadania, entre outras – e abordado vários domínios das ciências humanas. Esta vertente historiográfica vem se consolidando enquanto aporte teórico de análise, permitindo a ampliação dos debates, por exemplo, em torno de questões da micro-história e da transdisciplinariedade, entre outros.
Dando continuidade aos encontros "Leituras de História Cultural", iniciados em 2003 na Livraria Cultura de Porto Alegre, o Grupo de Trabalho de História Cultural/RS, vinculado à ANPUH/Núcleo RS, convida o público interessado a participar do próximo evento. Será no dia 15 de maio próximo, na Livraria Zouk, (rua Garibaldi, 1333), às 19 horas, entrada franca.
Os pesquisadores e historiadores Dr. Gisafran Juca e Me. Débora Krebs, tendo como ponto de partida a obra "A herança imaterial", de Giovani Levi, um clássico sobre micro-história, cujo mote é a história de um padre exorcista no século XVII no Piemonte italiano, discutirão temáticas como memória social, micro-história e religiosidade, relacionando-as à pesquisa histórica do professor cearense sobre a vida dos internos no “Seminário da Prainha”, uma instituição fundada em 1864 em Fortaleza.
O GT de HISTÓRIA CULTURAL-RS convida a todos os interessados para o debate destes trabalhos.

Data: 15/05/07 às 19h
Local: LIVRARIA ZOUK -
Rua Garibaldi, nº 1333
ENTRADA FRANCA

Museus e Patrimônio: somos todos universais

Estamos na 5ª Semana de Museus, promovida pelo Departamento de Museus do Ministério da Cultura. Para conhecer a programação completa em todo o Brasil, basta acessar o site da Revista Museu http://www.revistamuseu.com.br/18demaio/. Para aqueles que não sabem, 19 de maio é considerado o Dia Internacional dos Museus. A cada ano o Conselho Internacional de Museus (ICOM) define uma tématica para esse dia.